Por Rodrigo Mendes
Uma pena. O Fluminense, depois de um primeiro tempo péssimo e enfrentando uma arbitragem para lá de tendenciosa em favor do Palmeiras, recuperou-se, perdeu por 2 a 1 e caiu na semifinal da Copa do Brasil na disputa de pênaltis por 4 a 1. Gum e Gustavo Scarpa desperdiçaram suas cobranças. Só Jean converteu. Os paulistas farão uma decisão caseira contra o Santos.
Foram precisos poucos minutos e alguns personagens-chave para a vantagem adquirida pelo Fluminense na ida se esvair. A defesa, que mais parecia um queijo-suíço, dava espaços para os velozes Gabriel Jesus e Barrios deitarem e rolarem. E o árbitro Anderson Daronco só esperava uma boa oportunidade para entrar em cena. Empurrado pela torcida, o Palmeiras tomava conta da partida.
Lá atrás, só Diego Cavalieri se salvava e no primeiro lance de perigo fez grande defesa frente a frente com Robinho. Porém, o goleiro nada pôde fazer quando o mesmo Robinho avançou pela esquerda em cochilada de Gustavo Scarpa e rolou para Barrios, sozinho, mandar para a rede. Depois foi a vez de Daronco roubar a cena (a exemplo de Vuaden na ida) marcando pênalti inexistente para os paulistas – Wellington Silva derrubou Gabriel Jesus fora da área. Na cobrança de Zé Roberto, o goleiro tricolor ainda pegou, mas a zaga seguia dormindo e Barrios completou: 2 a 0.
O Fluminense, por sua vez, era um time completamente inoperante. Com Fred no sacrifício e a bola pouco chegando à frente, ficava difícil. Dos meias, Gustavo Scarpa era o único que ainda aparecia de alguma maneira e chegou a obrigar Fernando Prass a fazer boa intervenção em chute da entrada da área. E nada mais…
Na volta para o segundo tempo, Eduardo Baptista tirou Marcos Júnior e lançou Gerson e o time até voltou mais ofensivo. O Palmeiras, até cedo demais, começou a querer controlar a vantagem e seus jogadores faziam o famoso cai-cai. Com o passar do tempo e a manutenção do placar, o treinador tricolor foi ousando nas substituições: saíram Breno Lopes e Vinícius para as entradas de Osvaldo e Magno Alves.
Feitas as três mudanças, Eduardo ousou mantendo Fred, que claramente se arrastava em função da lesão sofrida na ida. E não é que ele, mesmo longe de estar em boas condições, recolocou o Fluminense na disputa? Após cruzamento de Gerson, o camisa 9 fulminou de cabeça para o fundo do barbante.
Mais perto do fim, foi o Tricolor quem mais apertou em busca do segundo gol. Porém, ele não saiu e a disputa foi para os pênaltis. No último lance, Fred ainda teria uma nova oportunidade e bateu para grande defesa de Prass. Parece ter faltado perna. Normalmente teria feito.
Na decisão por pênaltis, melhor para o time da casa. Gustavo Scarpa parou nas mãos de Prass e o horroroso Gum isolou sua cobrança. Dos tricolores, só Jean converteu. O Palmeiras venceu por 4 a 1 acertando todas com Rafael Marques, Jackson, Cristaldo e Allione.
O Fluminense jogou com: Diego Cavalieri, Wellington Silva, Gum, Marlon e Breno Lopes (Osvaldo); Jean, Cícero, Marcos Júnior (Gerson), Vinícius (Magno Alves) e Gustavo Scarpa; Fred.