Se você tem assistido aos jogos do Brasileirão 2015, provavelmente reparou que boa parte dos times deixou para trás aquela mentalidade estritamente retranqueira. O próprio líder Corinthians, reconhecido nos últimos anos pela solidez defensiva, é o terceiro melhor ataque desta edição. Os números corroboram a tese: em relação ao ano passado, houve aumento de mais de 52% nas goleadas (considerados os placares com diferença de três ou mais gols), ótimo termômetro para medir o ímpeto ofensivo das equipes. E não são “só” goleadas: muitas delas foram históricas ou em clássicos regionais – e até as duas coisas.
Comparamos o número parcial de goleadas com os de 2012 e 2013, e a diferença chama atenção. Considerando os números até a rodada #27, os resultados elásticos são 20,6% superiores a 2013, e 25% acima dos de 2012. As estatísticas frias, porém, não são suficientes. Confira abaixo quem dá as cartas e quem mais sofre em jogos recheados de gols (quase sempre apenas para um dos lados, naturalmente).
Golear um adversário não demonstra apenas que um time joga para frente. É prova de que a vontade de marcar gols persiste mesmo quando o placar já é favorável. O Santos tem um dos ataques mais temidos, formado por Ricardo Oliveira, Gabriel e Geuvânio, e é quem mais se aproxima desse perfil. A equipe paulista venceu cinco partidas com folga, sendo duas delas contra adversários na briga pelo G4 (Atlético-MG e o rival São Paulo).