Ídolo da torcida, referência dentro e fora de campo do time, Fred, volta e meia, conversa, sim, com a diretoria do Fluminense sobre questões extracampo. Isso, segundo Mário Bittencourt, é algo natural. De acordo com o vice de futebol, lideranças do elenco são ouvidas e o capitão mais ainda.
– Existe algo no brasileiro, não só no futebol, que acha tudo de fora bonito e não daqui. Aqui falam muito sobre tudo e sem saber. Falam que treina-se mais na Europa do que aqui. Não é. Lá se treina de maneira mais forte em um espaço menor de tempo. E falam muito sobre influência de jogador. Em qualquer lugar da Europa, o capitão tem participação importantíssima. Ele conversa com diretoria. Aqui o que temos é relação de diretoria e capitão. Algumas coisas que podem influenciar no grupo, conversamos com o capitão. Quando ele não está jogando e o capitão é o Gum, conversamos com o Gum. Já conversamos com o Jean quando foi ele. Ele às vezes chega para treinar e sai bem mais tarde que todo mundo. Hoje ele ama o Fluminense, gosta do ambiente. E dá um resultado dentro de campo. Algumas questões são passadas a ele, debatidas com ele. Neste fim de semana, por exemplo, nós conversamos com os jogadores, com Fred, Jean, Gum… Nós não temos concentrado em jogos no Rio, mas haveria o evento-teste do ciclismo e também a manifestação da Dilma. A gente sempre concentra perto da hora do almoço. Havia o receio que perdessem a hora e a diretoria também. Tanto que também concentramos. Mostramos para eles a preocupação em relação dos eventos, que não era nenhuma punição. E eles aceitaram. De cinco, tiveram uns três que falaram para a gente concentrar direto do treino, ainda de manhã. E nós dissemos que não. Somente à noite. Poderiam ir depois do treino almoçar com a família, passar o dia. Só voltariam à noite. Conversamos com o grupo. Temos jogadores de extrema capacidade intelectual e conversamos com eles – disse.