Paulo Brito
Marcello Gonçalves nunca foi uma unanimidade desde que assumiu o comando do departamento de marketing do Fluminense, no ano passado. Pertencendo ao chamado “grupo dos paulistas”, ele teve o nome homologado no Conselho Deliberativo, ano passado, a pedido do presidente Peter Siemsen. Agora ex-dirigente, ele foi um dos homens mais criticados da pasta, fosse por outros departamentos ou, até mesmo, pelo grupo político Flusócio. Apesar do “fogo amigo”, o vice-presidente de marketing se manteve firme no cargo até a última semana, quando resolveu se desligar para tocar outros compromissos.
– Semana passada eu me desliguei da vice-presidência. Saí por vontade própria e por compromissos pessoais que não me permitem ter a dedicação que eu gostaria. Simples assim – revelou com exclusividade ao NETFLU.
Mesmo sem citar nomes, Marcello Gonçalves deixa o setor, também, por conta de interferências advindas de outras pastas. As polêmicas por intermédio da imprensa incomodavam bastante o ex-dirigente, embora ele não entenda que sua saída seja basicamente devido às pressões.
– Pressão não, mas quando você bota na balança o tempo que investe de boa vontade e de graça contra fazer parte de um circo midiático, com pessoas completamente irresponsáveis no que falam, você se questiona se vale a pena – concluiu.
Vale lembrar que, recentemente, o Fluminense contratou o ex-diretor de marketing do Cruzeiro, Marcone Barbosa, considerado um dos melhores do mercado, para poder, sobretudo, otimizar os projetos sócio-futebol e Ronaldinho Gaúcho. Ele chegou para assumir o espaço deixado por Rodrigo Terra, demitido no início do ano. Já em relação à vice-presidência, ainda não há um nome certo para ocupar a vaga de Marcello Gonçalves.