Por mais óbvio que possa parecer, mas sempre que se aproxima um jogo do Fluminense contra o Vasco no Maracanã, Peter Siemsen tem de voltar a explicar o porquê da torcida tricolor ficar ao lado direito das cabines de rádio. A história da tradição, tão apregoada por Eurico Miranda, mandatário rival, não existe mais. O presidente do clube das Laranjeiras lembra que há um contrato longo assinado com o consórcio, estudo, questão de segurança e a nova configuração do estádio.
– Essa questão da tradição em relação ao estádio em si não existe mais. O estádio foi totalmente remodelado, as entradas modificadas e o Maracanã é completamente diferente daquele que conhecíamos. A escolha do Fluminense pelo lado direito não se deu pra confrontar o Vasco. O Fluminense fez um contrato a longo prazo, conforme previsto no edital da concessão. Fizemos a negociação desse contrato de 35 anos e agora o Maracanã é a casa do Fluminense. Nada mais natural que sua torcida permaneça de um lado fixo do Maracanã, teremos nossa loja. No caso do Vasco, ele tem São Januário, usa para a maioria de seus jogos. A maior torcida organizada do Fluminense, no Méier, vem andando com o Gepe passa pela Uerj, o que, naturalmente, a leva direta para a rua do antigo portão 18. A torcida do Vasco vem de São Januário caminhando do lado da quinta, atravessa o trilho do metrô e do trem e cai direto na entrada do outro lado do estádio. Não se usa mais a entrada da Uerj e do Bellini. O Fluminense tem um vestiário exclusivo, temático, terá sua loja e nada mais natural – disse.