Técnico com duas passagens no Fluminense, Cuca caiu no gosto da torcida tricolor em 2009, quando comandou o time na milagrosa fuga do rebaixamento que parecia certo no Campeonato Brasileiro. Hoje está no Shandong Luneng, da China, mas com muita vontade de voltar ao Brasil. O técnico admite estar infeliz no país asiático, porém, a pesada multa contratual impede seu retorno.
No Shandong, Cuca vem conseguindo bons resultados, porém, levou uma suspensão de sete meses após ter sido agredido com um soco no rosto pelo bandeirinha Zhan Wei. Situação essa que o chateou, pois, segundo ele, estava apenas apartando uma confusão quando levou o golpe.
– O time foi campeão da Supercopa e está indo bem, melhorando muito taticamente. Só que a suspensão me deixou muito triste. Fui tirar da confusão o meu zagueiro Dasson, de 21 anos, que é da seleção sub-20. Ele, por sinal, pegou dez jogos de suspensão… Relataram na súmula que entrei em campo, xinguei, puxei o bandeira. Não fiz nada. Só entrei em campo para tirar meu jogador. Só tenho três zagueiros, não podia perdê-lo – recorda.
Cuca chegou, inclusive, a pedir para deixar o clube, mas não teve seu pedido aceito. O técnico teve até convites para retornar ao Brasil.
– Cheguei a falar com eles que gostaria de sair. Não aceitaram. Tenho mais um ano e meio de contrato. Não tenho como sair. Há uma multa pesada caso eu queira interromper o contrato. Essa suspensão de sete meses me desanimou muito. Estou triste. Recebi vários convites, mas prefiro não falar nome de clube. Fiquei com muita vontade de aceitar. Tive uma reunião hoje (quinta-feira) com os diretores daqui. Estão contentes com o meu trabalho e, eu, muito triste. Mas, como foram eles que me chamaram para a conversa, ouvi mais do que falei – contou.
Por mais que não tenha como recorrer da pena, Cuca nega estar arrependido pela ida à China e vai cumprir o restante do seu contrato, até o fim de 2016.
– De jeito nenhum. Fiz o certo. Foi a escolha que fiz. Se depender de mim, vou aguentar, mesmo sabendo que ficar sete meses suspenso é pesado. O que pode acontecer é os resultados não saírem, e o clube decidir fazer uma troca. Sou de bom trato… Mas, da minha parte, vou até o fim. Eu aguento – disse.