Em suas entrevistas, Mário Bittencourt vem pregando um pensamento de longevidade dos técnicos e manutenção dos trabalhos. No entanto, no quinto mês do ano, o Fluminense apresenta seu terceiro treinador na temporada: Enderson Moreira. Na chegada do profissional, o vice de futebol manteve o discurso e afirma estar seguro da decisão tomada pela nova troca no comando.
– Vocês (jornalistas) sabem qual é a nossa cabeça, como pensamos. O Fluminense recentemente é um dos clubes que mais tempo manteve treinador. Cristóvão ficou quase um ano aqui. Essa é uma filosofia de trabalho nossa. Eu já estava aqui ano passado e o Fernando (Simone, diretor executivo de futebol) não, mas pensa como eu. Nós tivemos alguns reveses até mais duros que contra o Atlético-MG e mantivemos. Costumo dizer que só não muda de ideia quem não as tem. Nesse momento pensamos de maneira diferente. O Cristóvão não foi escolhido esse ano, já estava aqui. Trouxemos um treinador que foi o Ricardo e, agora, o Enderson. Eu e Fernando pensamos muito que, pior que uma decisão certa ou errada, é não tomar decisão alguma. Estamos seguros do que fizemos e esperamos que ele possa implementar um bom trabalho e seguir por muito tempo. Sempre enfrentamos essa pergunta quando apresentamos e trocamos um técnico ou quando se mantém: “por que mantém após sequência de derrotas?”. É uma cultura. O Brasil é um país que hoje em dia deixa a desejar em alguns quesitos. Não só no futebol, mas em todas as áreas, no planejamento… Estamos trazendo o Enderson convictos de que era o melhor para o momento – disse.