Jogador com história no Internacional, Magrão, hoje no Nova Hamburgo, foi pego no exame antidoping . O medicamento utilizado tem impedido o retorno de um câncer, contraído em 2011. Por isso, teve de revelar que um tumor de três milímetros foi o responsável pela cirurgia para retirada de um testículo do volante. Ele falou sobre o drama e revelou que a doença o impediu de atuar pelo Fluminense.
– Havia um cara no Rio que sabia: o Abel (Braga). Quando acertou com o Fluminense (em 2011), ele disse: “Quero o Magrão. Não abro mão dele”. Abel assumiu o clube dois meses depois da minha cirurgia. O Sandrão (Sandro Lima, vice de futebol àquela época) chegou a levar os documentos. Acertamos algumas coisas. Mas, como eu ia passar nos exames médicos? Como mentir para o Abel? Eu talvez pudesse mentir para o Fluminense, dizendo que não tinha nada. Mas, e se o câncer voltasse? E se eu precisasse fazer quimioterapia? Foi muito difícil recuar, pois o Fluminense me ofereceu (R$ 500 mil) o dobro do que eu ganhava nos Emirados. Abri o jogo com o Abel: “Vocês estão me oferecendo um contrato maravilhoso, mas minha situação é essa, essa, essa”. Pedi que ele não contasse a ninguém. Abel foi um pai para mim – contou Magrão.