As rusgas políticas parecem intermináveis no Fluminense. Antes defendido até as últimas consequências pela Flusócio, maior grupo político tricolor, o departamento de marketing recebeu duras críticas, no último post do blog da façção política. Entre os argumentos para as alfinetadas estão supostas promessas não cumprida.
Leia, na íntegra, o post da Flusócio:
Em abril se completa um ano que a Vice Presidência de marketing do Fluminense trocou de comando e, infelizmente, a mudança hoje pode ser entendida como um retrocesso.
Antes de irmos aos fatos, fazemos questão de esclarecer que o post não tem nenhum cunho de proteção ao antigo VP Idel Halfen, que não faz mais parte da Flusócio. O que queremos é o melhor para o Fluminense, independente dos nomes ou amizades.
Temos também que assumir nossa responsabilidade no processo, pois aprovamos no Conselho Deliberativo a indicação do atual VP Marcello Gonçalves, no entanto, na época ele sinalizava com muitas promessas interessantes para o Fluminense, dentre as quais podemos citar:
– Que é uma pessoa muito bem relacionada em São Paulo e devido a isso conseguiria trazer investidores e novos patrocínios ao Fluminense. Mas o que aconteceu foi que outras áreas se encarregaram de prospectar os patrocínios que hoje estão estampados na camisa, ou seja, executaram o trabalho que cabia ao Marketing.
– Marcello nos apresentou uma lista de nomes de empresários tricolores e suas respectivas posições em grandes empresas. Falou que ali estava o grupo de pessoas que iria auxiliá-lo na busca por patrocínios e investimento externo para o Fluminense;
– Que achava o relacionamento com a Unimed ruim e que não entendia porque o Marketing do Fluminense não se aproximava mais da empresa. Curiosamente, foi na sua gestão que o contrato não foi renovado, além de não ter acontecido qualquer iniciativa de Marketing em conjunto com a antiga patrocinadora. Vale também ser destacado que foi no comando de marketing anterior que ocorreu a chegada de todos os demais parceiros, a saber: Ambev, Adidas, Nutrilatina, Volkswagen e Bioleve.
– Que o clube conseguiria chegar num patamar de 50 mil sócios. Hoje o clube luta para chegar a 25 mil, mas quando Marcello assumiu a Vice Presidência o número de sócios já era de quase 23 mil.
– Que conseguiria ter uma equipe mais robusta, pois os salários de alguns dos novos gestores – todos seus indicados oriundos de SP – seriam pagos pela Ambev, fato que não aconteceu, tendo o Fluminense ter que absorver tais custos.
Além das promessas não cumpridas, nos decepcionamos com a condução do processo de assinatura com a Meltex para abertura de lojas próprias, pois ao querer renegociar algumas das condições já acertadas pela gestão anterior, o parceiro acabou impondo uma redução significativa dos valores, além de atrasar a abertura das novas lojas e o recebimento das parcelas.
Houve também a demora de um ano para lançar os novos planos de sócio torcedor, e tendo que apelar para uma estrutura terceirizada, fato que também não nos foi bem digerido. É triste verificar que estamos agora pagando um percentual mensal da base inteira de Sócios Futebol para uma empresa terceirizada, que não ajudou o Fluminense a conquistá-los, mas o atendimento continua sem funcionar a contento, a integração das carteiras com o sistema do Maracanã (Imply) ainda não está concluída e além disso, o novo sistema que foi ao ar não estava preparado para entender que um sócio futebol já existente, ao realizar um novo cadastro, na verdade desejava apenas migrar de plano, mas mantendo sua matrícula e data de admissão anterior, com direito a voto. O novo sistema da CSM foi pro ar com esta falha grosseira, como se apenas inclusões de novos sócios fossem esperadas, e não migrações de planos por Sócios Futebol já existentes no cadastro. Como consequência, todos que fizeram cadastros novos ganharam nova matrícula e ficaram com duas associações em vigor, com cobrança duplicada de mensalidades.
Soma-se à lista de fracassos, a divulgação pífia dos novos planos de Sócio Futebol, a interrupção do trabalho de branding que havia sido iniciado, o fechamento do Bar do Guerreiros e a não continuidade do trabalho de CRM, que seria executado gratuitamente por uma empresa interessada em entrar no segmento futebol. O Marketing atual também não conseguiu avançar no modelo de venda de cartões pré-pagos para Sócio Futebol, através de kits para cadastro posterior, como já fazem alguns outros clubes, e nem no estabelecimento de uma rotina para retenção dos associados que se tornam inadimplentes, na maioria das vezes por problemas simples como expiração dos respectivos cartões de crédito.
A própria falta de experiência do VP de Marketing na área, aliada às promessas não cumpridas, nos deixaram alertas desde os primeiros meses, porém preferimos dar mais um voto de confiança e esperar um ano para os frutos aparecerem.
Mas infelizmente não apareceram.