As constantes reclamações do Fluminense e, principalmente, do Consórcio que administra o Maracanã, e Flamengo colocam a tona o contrato firmado entre clubes e concessionária. O Rubro-Negro quer uma rediscussão dos termos, valores e afirma ter capacidade para administrar o estádio sozinho.
– O que vejo do Maracanã é o seguinte: todo mundo reclama. O Maracanã, o Fluminense, o Flamengo, então acho que tem de ser pensada uma nova estratégia. O consórcio tinha no seu plano de negócios um shopping, um estacionamento, fazer daquilo um complexo, hoje não conseguiu mais fazer, então reclama. O Flamengo nunca imaginou jogar com custos tão altos. A gente recebe a planilha, mas não sabe exatamente de onde vêm aqueles custos todos. Existe uma estrutura muito grande criada no entorno do Maracanã. Acho que não faz sentido o Maracanã voltar para o governo, que tem outras prioridades. O que digo e repito é o seguinte: se houver interesse, de qualquer um dos entes, o Flamengo está pronto para pegar o Maracanã no dia seguinte. Poderia assumir amanhã. O Flamengo já tem estratégia, estrutura para ter um investidor por trás, ser o administrador do estádio – revelou o vice-presidente de finanças do Fla, Rodrigo Tostes, que não fecha as portas para possíveis parceiros, dentre eles o Flu:
– Temos condições de administrar sozinhos. Ou com outros parceiros que queiram entrar. Não foi possível fazer isso na outra licitação porque não foi permitido. A gente deu passos muito grandes e deu provas nesses últimos anos de que tem competência e, mais do que isso, um processo publicado mostrando que temos condição de administrar qualquer estádio do Brasil. Os modelos que vejo em todos os lugares não deram certo sem participação de clube. Você vender um Flamengo jogando no Maracanã por 30 anos, tem um apelo completamente diferente de contratos de curto prazo. Se for a casa do Flamengo, o potencial de receita que traz para quem estiver investindo com o Flamengo é muito maior.