2O meia-atacante Paulo Vitor, de uma hora para a outra, sumiu dos treinos na base do Fluminense e dias depois apareceu no Vasco. O presidente Peter Siemsen esclareceu todo o imbróglio envolvendo o jogador de 15 anos e criticou a maneira como a Ferj tratou do assunto.

– A Federação do Rio fez um trabalho absurdo. Sabemos que na base tem muito isso, chega e dá um dinheiro para o pai, leva o jogador. O jogador do Fluminense foi assediado, desapareceu. Excelente jogador. Começou a especulação e foi confirmada. Porém, há regras. A Lei Pelé te dá direito ao primeiro contrato quando você tem o status de Clube Formador. Já estávamos pleiteando há mais de um ano na Ferj e não recebemos. Aí, coincidentemente, o Eurico Miranda foi eleito no Vasco e nos ignoraram mesmo. Fui ao Marco Polo Del Nero (vice-presidente da CBF). Temos um trabalho de excelência em Xerém. O Fluminense foi propositalmente prejudicado. O Del Nero foi transparente. Avocou uma vistoria da CBF, que aprovou e deu o certificado de Clube Formador ao Fluminense. Foi tarde para essa questão. Nessa idade, o clube formador tem de dar aval para transferência. A Ferj nos mandou um e-mail às 18h17, sendo que fecha às 18h30, perguntando se nós autorizávamos num prazo de 24 horas. Mas tínhamos 13 minutos para responder. Por sorte o funcionário estava vendo o e-mail. E respondemos que não. Mesmo assim, a Ferj o registou. Nessa idade, se um jogador quiser trocar de clube, ele pode. Porém, também tem de haver uma negociação – declarou Peter.


Sem comentários