Procurador-geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Paulo Schmitt postou em seu Facebook uma declaração se defendendo de supostamente ter beneficiado o Fluminense no Campeonato Brasileiro de 2010. Isso porque correm nas redes sociais vídeos de uma reportagem do SporTV na qual ele aparecia falando que o Tricolor não poderia perder três pontos em função de ter utilizado irregularmente Tartá na competição. Se punido, o título mudaria de mãos.
O que aconteceu naquele ano foi que Tartá começou a competição no Atlético-PR e levou dois cartões amarelos. Quando retornou ao Fluminense, recebeu o terceiro e cumpriu suspensão logo depois. Mas, antes, um caso parecido havia acontecido com o jogador Leandro Chaves, do Duque de Caxias. O atleta havia defendido o Ipatinga no início da Série B e levado um amarelo. Quando recebeu mais dois no clube carioca, não cumpriu suspensão. Em julgamento no STJD, o Duque alegou ter desconhecimento da primeira advertência e foi absolvido.
Na ocasião, ao comentar o caso do Fluminense, Paulo Schmitt se mostrou contrário a mudar o resultado do campo.
– Não acredito que haja condição moral, disciplinar, até (de tirar os pontos do Fluminense). Pode ter (condição) técnica. Técnica, jurídica, com base em uma jurisprudência. Mas moralidade… rediscutir o título que foi conquistado no campo de jogo, da forma como foi, agora, abrindo um precedente… Essa decisão poderia ser em algum momento revista, mas isso seria um caos – disse à época.
Agora, Paulo Schmitt, em caso completamente diferente, pede perda de pontos ao Flamengo e à Portuguesa pelas escalações de André Santos e Héverton, respectivamente. Confira aqui a resposta do procurador do STJD postada em seu Facebook:
“Amigos, e a quem interessar possa!
Existem várias inverdades circulando na WEB, assim como o caso do atleta do Oeste que a ESPN de forma irresponsável veiculou como sendo igual da Portuguesa e ele jogou albergado pelo efeito suspensivo, sendo inclusive diminuída sua pena de 2 para 1 partida no Pleno. Quanto ao vídeo que circula sobre minha declaração em referência ao atleta Tartá do Fluminense em 2010, trata-se de uma fala descontextualizada, mais se assemelhando a algo montado ridículo. E sobre minha fala na defesa do critério técnico e resultado de campo, como fica? Lógico que deve prevalecer resultado de campo que, vale registrar, tbem é obtido com o cumprimento de penas, doa a quem doer e em qq fase da competição. O jogador em referência, do Fluminense (Tartá) coincidentemente, à época foi julgado, punido pelo tribunal e não cumpriu, como no caso da Portuguesa em 2013? Não e não! E como ficam dezenas de atletas nesse campeonato que desfalcaram suas equipes apenas pelo fato de terem cumprido a lei e suas penalidades? Apenas Flamengo e Portuguesa não cumpriram na série A desse ano lembre-se. Lamentável. Isso é que é critério técnico que qq um deveria defender. Cumprir sua pena. Ah mas a Portuguesa não precisa, afinal ela vai salvar o Fluminense! Sejam os críticos mais criativos, por favor… Não é assim que vão convencer quem julga, pois eu não julgo!!!
Paulo Marcos Schmitt
Procurador-Geral / General Prosecuter
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA DESPORTIVA DO FUTEBOL – STJD
Superior Court of Sports Soccer”