Suspenso da partida do próximo domingo, em Florianópolis, contra o já rebaixado Figueirense, o meia Gustavo Scarpa disse-se frustrado com a atual fase do Fluminense. Ao ser derrotado por 1 a 0 para a Ponte Preta em Campinas, o time completou indigestos oito jogos sem vencer. Permutado, o sentimento estendido à torcida vai de tristeza à indignação.

Afinal, desde que venceu o Sport, há 50 dias, o time somou risíveis três pontos nos últimos 24 disputados. Um aproveitamento abaixo da crítica de apenas 12,5%. Àquela altura, quando o G6 ainda era G4, o time brigava diretamente com o Santos pelo quarto posto.

 
 
 

Mas o caldo entornou, o time de razoável passou a jogar pessimamente e o presidente Peter Siemsen achou que a solução seria demitir o treinador que conseguiu a proeza de fazer de um elenco modesto postulante a uma das vagas na Libertadores. Deu no que deu.

Como brinde, ainda prometeu premiação aos jogadores na efetivação de Marcão e estendeu o contrato do goleiro Diego Cavalieri, acomodado no clube já há algumas temporadas.

Um fim de ano – e de gestão – melancólico de uma diretoria que pareceu fazer do clube um escritório de contabilidade, mas que, no que diz respeito a futebol, carro-chefe de um clube detentor de cinco títulos nacionais, fez seu torcedor chorar lágrimas de esguicho – fora os king kongs, como a eliminação para o América de Natal no Maracanã (5 a 2), derrota para a Chapecoense por 4 a 1 no mesmo estádio, quase rebaixamento em 2013, 2015…

O Fluminense, definitivamente, não merece isso. Uma lástima!

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