Em 2010, Tartá chegou ao Fluminense vindo do Atlético-PR com dois amarelos e cumpriu suspensão logo que levou o terceiro (Foto: Photocamera)
Em 2010, Tartá chegou ao Fluminense vindo do Atlético-PR com dois amarelos e cumpriu suspensão logo que levou o terceiro (Foto: Photocamera)

Com a possibilidade do Fluminense ser beneficiado pelo erro da Portuguesa de escalar Héverton suspenso na última rodada e não cair para a Segunda Divisão, teorias de conspiração passaram a aparecer fortemente na internet. Entre elas, a de que Paulo Schmitt, em 2010, não acusou Tartá por uma suposta escalação irregular. Em seu blog no site da ESPN, o jornalista Paulo Vinícius Coelho esclareceu a situação.

Segundo o PVC, o procurador-geral do STJD pode até ser questionado pelo seu discurso, mas o apoiador do Fluminense não entrou em condições irregulares com a camisa tricolor à ocasião.

 
 
 

Confira na íntegra o post do jornalista:

“Tartá levou dois cartões amarelos pelo Atlético Paranaense contra Guarani e Vitória, e um pelo Fluminense, contra o Furacão. Isso é verdade, como veio à tona ontem à noite. O que não é verdade é que tenha jogado suspenso na campanha do Fluminense campeão brasileiro de 2010. A partida seguinte ao empate entre Atlético Paranaense e Fluminense na Arena da Baixada foi Fluminense 2 x 0 Grêmio. Tartá cumpriu suspensão e não entrou em campo por ter recebido o terceiro cartão na partida anterior.

A matéria do www.terra.com.br da época evidencia isso. As duas fichas extraídas do meu arquivo pessoal também (veja no final do texto).

Verdade que Tartá levou mais dois cartões nos dois jogos seguintes contra o Vasco e Internacional. E que Leandro Chaves levou um cartão pelo Ipatinga e dois pelo Duque de Caxias. A absolvição na Série B por não se julgar que houve dolo não cria jurisprudência para a Série A. Pode haver incoerência. Ao absolver o Duque de Caxias, não se disse que ele estava certo, mas que foi absolvido do erro que cometeu. Não dava a liberdade de escalar um jogador com o terceiro cartão, levado por dois clubes diferenetes.

Há outros exemplos naquele ano. Correa jogava pelo Atlético Mineiro e levou o primeiro cartão contra o Atlético Paranaense. Transferiu-se para o Flamengo. Levou o segundo contra o Vasco e o terceiro contra o Ceará. Cumpriu suspensão na partida seguinte contra o Atlético Paranaense.

A jurisprudência para a Série A de 2010 era o que acontecia na Série A de 2010. Não a absolvição de um time na Série B. Ou teria de se mudar tudo no campeonato que já transcorria. Por isso, o Cruzeiro não foi à Justiça.

Que Paulo Schmidt seja um poço de contradição, que tenha dito em 2010 em primeira análise que deveria se manter o resultado do campo, enquanto agora faz a acusação à Portuguesa, tudo bem. Mas se produz uma incrível confusão de informações quando se trata do assunto. O procurador se contradiz. Queria o resultado do campo mantido em 2010 e agora leva a Lusa ao tribunal.

Mas o fato é que se quisesse entregar o título ao Cruzeiro em 2010 não poderia.

Simplesmente porque Tartá cumpriu suspensão pelo terceiro cartão amarelo.

Que o Fluminense seja rebaixado como mandam os resultados do campo. E que a Portuguesa escape. Mas o único jeito de fazer isso é argumentando no tribunal neste momento. A Portuguesa errou. O melhor argumento é o de Antero Greco: não houve dolo. Perfeito, nesse caso que o tribunal aceite o argumento e que o Fluminense dê seu depoimento a favor de que se mantenham os resultados do campo.

Só não vamos criar mais confusões de informações do que as já criadas. O caso Duque de Caxias não cria jurisprudência na Série A de 2010. O Duque de Caxias, admitiu o erro foi a julgamento e foi absolvido por não haver dolo. Esse é o ponto!

24/outubro/2010

ATLÉTICO PARANAENSE 2 x 2 FLUMINENSE
Local: Arena da Baixada (Curitiba); Juiz: Wilson Luís Seneme (SP); Renda: R$ 425.490; Público: 22.132; Gols: Washington (contra) 15, Marquinho 24, Wágner Diniz 38, Conca 42 do 2º; Cartão amarelo: Paulinho, Ivan González, Bruno Mineiro, Carlinhos, Diguinho, Rodriguinho, Tartá
ATLÉTICO PARANAENSE: Neto, Élder Granja (Wágner Diniz 12 do 2º), Manoel, Rhodolfo e Paulinho; Chico e Vítor (Nieto 35 do 2o); Guerrón, Paulo Baier e Branquinho (Ivan González 15 do 2º); Bruno Mineiro. Técnico: Sérgio Soares
FLUMINENSE: Ricardo Berna, Thiaguinho, Gum, Leandro Eusébio e Carlinhos (Júlio César, intervalo); Diogo (Fernando Bob 20 do2o), Diguinho, Marquinho e Conca; Rodriguinho (Tartá 27 do 2º) e Washington. Técnico: Muricy Ramalho

28/outubro/2010

FLUMINENSE 2 x 0 GRÊMIO
Local: Engenhão (Rio de Janeiro); Juiz: Héber Roberto Lopes (PR); Renda: R$ 214.485; Público: 13.592; Gols: Conca 19 do 1º; Conca 36 do 2º; Cartão amarelo: Ricardo Berna, Gum, Diguinho, Washington, Rafael Marques, Gílson, Souza, Douglas, André Lima
FLUMINENSE: Ricardo Berna, Mariano, Gum, Leandro Eusébio e Carlinhos; Fernando Bob (Valencia 32 do 2º) e Diguinho (Belletti 38 do 2º); Júlio César (Thiaguinho 35 do 2º), Conca e Marquinho; Washington. Técnico: Muricy Ramalho
GRÊMIO: Victor, Gabriel, Paulão, Rafael Marques e Fábio Santos (Gílson 29 do 2º); Vilson, Souza (Diego 35 do 2º), Lúcio e Douglas; Jonas e André Lima (Júnior Viçosa 26 do 2o). Técnico: Renato Gaúcho”

Vale destacar que Paulo Schmitt, por intermédio de sua página no Facebook, também já se defendeu a respeito do assunto. Confira sua resposta clicando aqui.


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