15399580938_8fa18aaea9_kO Fluminense acaba de assinar contrato de sete anos com a Meltex, negócio que já estava acertado havia mais de um ano, porém estava emperrado, sem esta assinatura, por desavenças políticas no clube. A empresa agora é responsável por estruturar uma rede de lojas oficiais, sob o modelo de franquia, e a meta é abrir 25 pontos de venda, entre lojas e quiosques, em até cinco anos.

As lojas administradas pela Meltex passam a ser as únicas licenciadas pelo Fluminense, portanto as únicas autorizadas a usar escudo e nome do clube. Todos comércios existentes – que não pagam royalties sobre as vendas para o time, inclusive – serão notificados pelo clube e não poderão mais fazer alusão alguma a ele. Há cerca de dez comércios diferentes, alguns com relação boa com o marketing tricolor, e eles serão contatados para que tenham a oportunidade de entrar no sistema da nova gestora.

 
 
 

Além de ser franqueadora da rede de lojas, a Meltex irá fabricar vestuário unbranded (sem marca) para o time das Laranjeiras. Esta linha de camisetas, blusas e bonés, entre outras peças, irá complementar a coleção de produtos da Adidas, esta com marca da fabricante. A vantagem da empresa brasileira sobre a alemã é a agilidade. Se o Fluminense quisesse vender uma camiseta comemorativa que aludisse a um título, não teria condições de fazê-la por meio da Adidas. Um produto novo precisa obter aprovação da filial no Brasil, da matriz na Alemanha, entre outras burocacias que uma empresa como a Meltex não exige.

Há um pagamento mínimo de royalties previsto em contrato, mas ambas as partes preferem não divulgá-lo. Em outubro de 2014, o documento que estava em via de ser assinado previa R$ 4,1 milhões pelo período do contrato, sete anos, ou 7% do faturamento bruto das lojas, o que fosse maior. Mas o Fluminense afirma que as bases do contrato mudaram de lá para cá e prefere não revelar valores.

– A mensagem que queremos passar é que o engajamento do torcedor vai definir o valor deste contrato. Tão melhor for a participação do torcedor, tão melhor será nossa receita. Vamos ganhar royalties em tudo – explica Marcello Gonçalves, vice-presidente de marketing do Fluminense. Royalties são pagos por lojas e fabricantes de produtos licenciados, isto é, uma caneca vendida dentro de uma franquia tricolor gera receita duas vezes: uma por ser um produto licenciado, outra por ter sido vendida numa loja licenciada.

A filosofia do marketing do Fluminense quanto a licenciamentos, inclusive, vai mudar.

– A nossa ideia é ter um número menor de empresas licenciadas. Não quero mais ter dez bonés. Quero ter três, cada um em uma faixa de preço. Vamos diminuir e qualificar – diz Gonçalves.


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