Em resposta ao NETFLU, a equipe ligada a Cacá Cardoso justificou sua união com Pedro Abad para a eleição do Fluminense. Na publicação, segundo seu estafe, não há uma contradição pelo fato do agora candidato à vice-presidência geral do clube, antes oposição, aliar-se justamente ao nome da situação.
Veja a íntegra da nota oficial da equipe de Cacá Cardoso enviada ao NETFLU:
“Como amplamente divulgado ontem, as candidaturas Abad e Cacá se uniram para disputar as eleições de 26 de novembro próximo, união esta que foi fruto de um acordo cuidadosamente engendrado, e não de uma mera adesão decorrente de uma desistência.
Como esperávamos, haveria reações e as demais correntes explorariam a aparente contradição de Cacá.
Aparências enganam e não há no ato de Cacá nenhuma contradição. Pelo contrário.
Na véspera do natal de 2014, um pequeno grupo de empresários, executivos e profissionais liberais, todos apaixonados pelo Fluminense, reuniu-se para discutir o futuro do tricolor. Sentiam-se em dívida para com o Fluminense e para com os seus filhos, tricolores pelo contágio e insistência do amor paterno. Daí o nome do grupo: Flu 2050.
O Flu 2050 pôs-se, então, a preparar um plano moderno de gestão moderno, transparente e ético, que permitisse ao Fluminense reviver os tempos de excelência administrativa e rotina de títulos.
Ano passado, iniciadas as movimentações políticas visando as eleições, hoje tão próximas, o Flu 2050 começou a procurar todas as correntes, buscando união em torno do seu projeto.
Uma dessas correntes foi o grupo Base, e para demonstrar seu desapego ao poder pelo poder, o Flu 2050 indicou, como candidato da coligação praticamente fechada, Cacá, que pertencia aos quadros da Base.
Por razões internas que giraram em torno de ambições pessoais, a Base recuou, e o Flu 2050 manteve Cacá, a partir de então como seu próprio candidato. Não obstante, a Base, hoje, não se constrange em se dizer elaboradora do projeto, que, na realidade, foi montado por pessoas que são do Flu 2050, e propagá-lo como material de campanha do candidato Mário Bittencourt. Mas esse projeto da Base é filho mutilado do programa do Flu 2050, e sua implantação será impossível em termos políticos, até porque usado como meio para se chegar ao poder, e não um objetivo como originalmente concebido.
O Flu 2050 prosseguiu em suas conversas, sempre visando em primeiro plano a implantação do seu programa, e Cacá era a sua garantia. O Flu 2050, assim como Cacá, sempre estiveram dispostos a assumir outra candidatura que, politicamente, garantisse a concretização do programa.
Sobreveio a união com Diogo Bueno, o projeto de gestão foi aprimorado significativamente, mas, aproximando-se o prazo final para a inscrição das chapas, constatou-se um cenário eleitoral desfavorável, não obstante a entrega da militância. A verdade é que as circunstâncias só permitiram essa união muito tardiamente.
Pois bem, na noite de 14 de novembro houve uma reunião entre Abad, Cacá e Diogo. Se não houvesse acordo naquela oportunidade, ele não mais seria viável após as inscrições das chapas, cujo prazo findaria às 16 hs do dia seguinte.
O bom senso prevaleceu, e foi celebrado acordo pelo qual, em linhas gerais:
– Cacá compõe a chapa Abad como Vice Geral, eliminando a possibilidade de exercício de poderes (para os quais Abad está impedido por decisão da Receita Federal) por quem os estatutos do Fluminense não permite;
– compromisso de implantação do projeto de gestão da candidatura de Cacá Cardoso e Diogo Bueno.
Portanto, não há incoerência na união de Cacá e Diogo à candidatura Abad, até porque nunca focamos a baixa política estribada em ataques pessoais, o que não significa fechar os olhos para práticas que julgamos condenáveis.
Nunca duvidamos da honestidade e capacidade da pessoa, Pedro Abad. Ele está regularmente habilitado pela Receita Federal a concorrer para Presidente e as restrições que tínhamos do ponto de vista dos estatutos do clube foram removidas com o acordo.
Não abrimos mão da nossas posição crítica à atual gestão (sempre construtiva e sem resvalar para acusações pessoais), notadamente na condução do futebol, condução essa que também teve como responsável o outro candidato, Mario Bittencourt.
Paralelamente, vale o registro, de que sempre reconhecemos importantíssimos feitos da atual gestão do clube, tal como a construção do Centro de Treinamento.
Dadas aquelas condições, rejeitarmos o acordo (que julgamos possibilitar tudo o que almejávamos) por meros caprichos pessoais da nossa parte e em detrimento de um melhor futuro para o Fluminense, aí sim se configuraria uma substancial contradição e a negação da nossa concepção e existência.
Fazer política atrelada a picuinhas pessoais é atraso, é coisa pequena. O Fluminense é muito maior do que todos nós juntos!!!!”